quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

"Este ano vou ser SMART" por Isabel Figueiras

"O tempo é um elemento de grande importância para o homem. Talvez desde sempre e para sempre. Seja o tempo marcado pelo movimento dos astros, da sua contagem a partir dos nascimentos dos profetas, este condiciona e orienta o homem nas colheitas, no estado de espírito, nas escolhas de atividades, no comportamento a ter, o valor que atribui à vida…

Há datas no nosso calendário contempladas com um feriado que podem ser nossas aliadas. Gosto de pensar na Páscoa como momento privilegiado para largar bagagem, para treinar o desprendimento; no Natal, para reforçar os laços familiares e no Ano Novo para renascer (na verdade renasço 2 vezes por ano, a outra é no dia do meu aniversário).

E o que é renascer?

Sem entrar no âmbito da crença, uso o conceito de renascimento com o sentido de oportunidade para nos aproximarmos daquilo que somos, que gostaríamos de ser, ou fazer.

Constatamos que à nossa volta se fala demasiado de falta de autoestima, ou seja, de não gostarmos do que somos ou de desejarmos ser outra pessoa. 

E sabemos o que queremos ser? 

E se sabemos, temos ações que nos conduzam a essa pessoa ou vida que queremos ter? 

Pensamos nas ações? 

Nos comportamentos? 

Se esse objetivo é atingível? 

Traçamos planos?


Não é novidade termos estes pensamentos e vontades nesta altura do ano. 

Dizermo-nos a nós próprios que é neste ano que vamos ter, ser ou fazer alguma coisa que desejamos. 

Se não temos conseguido chegar ao nosso objetivo podemos recorrer a ferramentas existentes ou, caso estejamos a ter dificuldades, podemos recorrer à ajuda de um profissional.

Há uma técnica - SMART*- que nos pode ajudar, servir-nos de orientação para o nosso renascimento anual.




O primeiro passo é especificar o nosso objetivo

Imaginemos que o meu objetivo para 2016 é escrever um livro. Nem todos os objetivos são tão simples ou fáceis de determinar como este. Muitas vezes temos vários objetivos e a dificuldade surge em escolher só um. Se temos esta dificuldade podemos perguntar-nos: qual destes objetivos quando concretizado terá um impacto maior na minha vida e ajudará a alavancar outras áreas? Apesar da máxima «querer é poder», não basta se não agirmos na sua direção.

É mensurável? Para saber se atingi esse objetivo posso fazer a pergunta: Quando saberei que atingi o objetivo? Quando tiver 60 quilos; quando começar a ser convidado para festas; quando registar mais de 30 dias sem fumar; quando o livro for enviado para uma editora…

Consigo atingi-lo, é realista? Tenho os recursos necessários para o concretizar? 

No caso do livro, quanto tempo tenho para despender para a escrita? 
Quantas páginas terá o livro? 
Tenho de fazer investigação? 
Quanto tempo, em média, levo a escrever uma página? 
Como me vou motivar cada vez que desanimar? 
Como fazer para não me esquecer deste meu compromisso?

Vale o esforço atingir um objetivo. E estas ferramentas são eficazes. Mas como tudo na vida que tem potencial para nascer, tem de haver ações sucessivas. Experimente e dê-nos o seu testemunho. Partilhe as suas dificuldades e as suas vitórias.

Tenha um excelente ano de 2016!"

Isabel Figueiras
  






 * S= Specific/específico; M= Mensurável; A= Atingível; R= Realista T= Temporizável.

Os nossos votos para o teu 2016!



Obrigada por estares aí!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Manual de navegação para 2016 - Coach Yourself


Por esta altura é comum fazermos um balanço do ano e projetar metas para o futuro.

Devemos guardar as boas memórias que alimentam a nossa motivação e transformar os maus momentos em aprendizagens para o futuro, todos os temos é para isso que eles servem.  

O que passou, passou. O futuro começa a todo o momento, agora. 

Analisemos a vida que temos levado e como a temos levado, com algumas perguntas poderosas:

      O que queres e que seja importante para ti?
      O que essa conquista te proporcionará?
      O que estás determinado(a) a melhorar?
      O que te leva a fazer isso?
      Qual o erro pessoal ou profissional mais marcante?
      O que aprendeste com o processo?
      O que farias diferente se existisse uma próxima vez?
      O que estás a fazer certo agora?
      Ao que necessitas estar mais atento(a) na tua vida hoje?
      O que podes fazer para aumentar ainda mais a tua vitalidade e saúde?
      Que coisas novas te podes permitir fazer hoje?
      O que tem que acontecer para sentires que estás a ter sucesso?
      Que hábitos te estão a impedir de obter ainda mais sucesso?
      A que é que mais resistes a mudar hoje?
      O que te pode estar a  impedir de entrar em ação?
      O que te faz feliz?
      Em quem é que te estás a tornar?
      O que te motiva mais?
      O que é esperas conseguir fazendo isto?
      O que é mais importante sobre o sítio/situação onde estás?
      Que outras escolhas tens?
      O que podes fazer que faria diferença?
      O que de pior pode acontecer se fizeres isso?
      O que de melhor pode acontecer se fizeres isso?
      Do que é que estás a abdicar para conseguir isso?
      Como é que saberás que é hora de agir?
      Com o quê e com quem te comparas?
      Estás a seguir o teu caminho ou o caminho de alguém?


A zona de conforto pode ser um sítio/estado tranquilo...ou não, caso já estejas cansado(a) de repetir os mesmos erros e que nada de novo aconteça. 

É fora da zona de conforto que a magia acontece, que exploras as tuas capacidades e potencial. Se queres algo que nunca tiveste, sai da tua zona de conforto!

De seguida, apresentamos algumas estratégias/ferramentas que te ajudarão a avaliar o teu ponto atual e a projetar o teu futuro.  

A) Escolhendo áreas específicas da tua vida, ou de desempenho, podes fazer uma análise gráfica, utilizando a "Roda da Vida"

Cada “raio” da roda corresponde a um assunto. 

O centro da roda corresponde ao “0” e o extremo ao “10”. 
1- Entre 0 e 10, indica “onde estás”, numerando com uma cor o teu nível de satisfação sobre cada assunto.



2- Depois, com uma cor diferente numera, indicando “onde queres estar” - o nível (entre 0 e 10). Não tens obrigatoriamente de escolher um nível diferente. Por exemplo, sobre o assunto “hobbies” podes classificar a satisfação atual em 8 e manter o 8 na segunda avaliação, significando que não está no seu máximo potencial mas que desejas manter assim, talvez por dares prioridade a outros assuntos.

Numa terceira fase, indica a ordem de importância de cada um dos assuntos, para que possas depois, trabalhar cada um especificamente. 

Podes utilizar uma tabela como a seguinte.


Considera os seguintes aspetos:

  1. Vou fazer / Vou preparar/Vou envolver/Vou estar atento:
  2. Como vou fazer/preparar, envolver, estar atento?
  3. Recursos necessários
  4. Indicador de melhoria
  5. Tempo necessário
  6. Grau de concretização (a preencher no fim).


Define um prazo (uma semana, um mês) e avalia o processo:

  • O que manterias?
  • O que farias diferente?
  • O que retirarias?
  • O que introduzirias?



B) Se escolheres um assunto específico e quiseres atuar através de metas por resultado: pensa no “problema – o que está errado” e estabelece uma meta “o que eu quero”. 

Estabelece metas desafiantes mas realistas, influencia os resultados diretamente mediante ações/tarefas a realizar, mede o progresso, avalia os recursos e custos e faz um plano de ação.  



Se não estás satisfeito(a) com a vida que tens e se estás à espera que o mundo mude para que fiques melhor, podes continuar aí, mas não esperes resultados diferentes mantendo as mesmas atitudes e comportamentos. 

“Obstáculos são as coisas que vemos quando nos desviamos dos objetivos”.

Foca-te no que podes fazer, em vez de te focares no que não podes mudar, não te pertence e foge ao teu controlo. O problema não são as dificuldades, mas a forma como lidamos com elas. 

Ficar preso(a) aos problemas, entrando em espiral negativa não é bom, muito menos o resolve. Há que definir estratégias e munirmo-nos de ferramentas para o ultrapassar. A vida continua, não nos paremos no caminho.

Depois da análise reflexiva sobre a vida que temos tido, aproveitemos a energia do início de um novo ano para direcionarmos as nossas ações e definirmos metas. 

A mudança começa em ti, e por ti. 

Por exemplo, escreve uma frase motivacional, coloca-a num local que vejas todos os dias (no espelho ou na porta do frigorífico)! 



"Uma meta sem um plano é apenas um desejo". Para transformar os sonhos em realidade há que defini-los e definir um caminho para os realizar. 

O coaching é uma ferramenta para nos ajudar a definir e alcançar os nossos objetivos, seja a que nível for. 

“Coach”, em francês significa “veículo para transportar pessoas”.

No contexto atual do coaching, coach (coaches, no plural), é alguém que ajuda a pessoa a crescer, a ver para além do que são hoje, e a tornarem-se no que querem ser. Ajudam a expandir uma aptidão ou a mudar a forma de pensar e viver, ouvindo, questionando, intuindo, desafiando, clarificando, reconhecendo, mudando crenças, definindo e explorando metas, dando apoio, propósito e uma visão externa objetiva.  

Tu podes ser o/a teu/tua proprio(a) coach. 


O coaching facilita melhorias no desempenho e potencia uma mudança de estilo de vida duradoura, possibilitando um aumento do nível de satisfação e bem-estar. 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Natal Saudável, Colorido e Saboroso!

Já em época das festividades do Natal, as refeições podem ser um desafio, sobretudo aquelas que são partilhadas. É difícil resistir às delícias típicas e tradicionais mas nem sempre saudáveis. 

É possível manter uma dieta saudável, bastando para isso vontade e planeamento. 

Até à grande noite, para enfrentarmos os diversos momentos de partilha de refeições (almoços com os colegas de trabalho, amigos, ect.) podemos seguir as sugestões de Teresa Barata, helth coach e fundadora da Liquid:

Tomar um bom pequeno almoço, com alguma proteína, gorduras e fibra, de forma a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, ajudar a resistir às tentações e preparar-nos para um dia melhor. Sugestão da Teresa: smoothie com pêra abacate, espinafres, couve frisada e um pouco de manteiga de amêndoa.

Levar consigo algumas opções mais saudáveis (fruta, frutos secos, leite de amêndoa ou de arroz).  

Ofereça-se para levar um prato ou sobremesa, tendo para si uma opção mais saudável e dando a oportunidade aos seus amigos e familiares de experimentar. 

Não chegue esfomeado. Coma um snack meia hora antes. 

Ingira bastantes vegetais crus ou cozinhados (ex.: metade do prato), de forma a equilibrar um pouco os alimentos mais "pesados" que ingerir. 

Mantenha o exercício físico. Uma pequena corrida, 20 minutos de Yoga ou simplesmente andar um pouco a pé depois do jantar. 

Orgulhe-se se ser saudável! Não tenha receio de ser "diferente". Aproveite e, se questionado, partilhe as suas razões e resultados. 

Aproveite as festas sem culpas. Faz parte da vivência do Natal  comer alguns doces e pratos típicos. Faça-o com consciência e sem culpa, ainda que coma mais do que tinha planeado. Mas não se perca do caminho. Estes exageros pontuais, a par do que comemos diariamente e do estilo de vida que levamos serão facilmente "libertados". 

(Artigo completo da Teresa, aqui).


Encontrámos ainda ideias bastante apelativas e super saudáveis para rechearmos a nossa mesa da consoada. Inspire-se!


Árvore de Natal em pirâmide


Para o recheio pode utilizar tortilhas, com queijo creme com espinafre aromatizado, peito de perú fatiado, pimento vermelho picado e alface. Se preparado antecipadamente, envolva o rolinho ou as fatias já cortadas em película aderente e conserve no frigorífico. 
No empratamento sobreponha as fatias e termine, aplicando com um palito, uma estrela feita a partir de pimento amarelo, por exemplo. 


Grinalda de vegetais e legumes

Num prato redondo coloque um recipiente redondo (tipo taça) com creme para vegetais (veja algumas opções aqui). À volta disponha os vegetais e legumes: brócolos cozidos, pepino, courgete (crua, salteda ou assada), pimento vermelho e tomate cereja/cherry.


Árvores de Natal vegetarianas

Numa base de massa (tortilha, por exemplo; ou base de pizza, cortadas em triângulos, coloque na base um palitinho salgado). Cubra com queijo creme simples ou aromatizados (há imensos sabores!). Disponha por cima filas de brócolos cozidos picados para lembrar o verdade dos pinheiros, alternado com cenoura crua ralada, que por ser colorida lembra as fitas decorativas. Para a estrela pode utilizar pimento amarelo. (Fonte de Inspiração). 

Outras pequenas sugestões:


Tomate cereja/cherry sem sementes, recheado com queijo creme. Cogumelos feitos a partir de rabanete. Árvores com almôndega vegetariana e courgete ou pepino.







Ovos de codorniz cozidos com chapéu de rodelas de cenoura e nariz de cenoura. Botões de pedacinhos de azeitona. Raminhos de salsa a decorar.


Quanto à apresentação da fruta, as ideias são infinitas. Podem utilizar cortantes para lhes dar forma, dispo-las num prato, travessa com forma definida ou tabuleiro. No caso das maçãs, pêra e banana, que oxidam rapidamente, coloque-lhe umas gotinhas de sumo de limão. 

Algumas sugestões:
Frutas

Misturando fruta, ervas aromáticas e queijo:


Gelado de fruta

Morangos congelados triturados no liquidificador + iogurte natural + Kiwi. Vá sobrepondo nos recipientes para fazer gelados e levem ao congelador. Desenformem na hora de servir. 


   
Pequenos e graúdo vão ficar encantados e terá alternativas mais saudáveis com substituam ou compensem as refeições mais pesadas. 



Festas Felizes e Saudáveis! 








sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

"R'equilíbrio Natural" - O nascimento




Chamo-me Telma. Nasci a 18 de Dezembro de 1987, às 06h45m, em Abrantes. 

Cresci no seio de uma família humilde e trabalhadora, na aldeia de Rosmaninhal (a 8 Km da cidade norte-alentejana de Ponte de Sôr).

Recebi dos meus avós maternos, fundamentais no meu crescimento e suporte emocional, o contacto com a Terra e o respeito pela Mãe Natureza. 

Sempre admirei o céu, as estrelas, a terra, as plantas, os animais, a água e a força de todos os elementos naturais.  

Frequentei o ensino primário na aldeia vizinha, Longomel. Com 9 anos participei no Festival da Canção "Estrelas do Sôr", conquistando o 3º lugar com a Canção "Índios da Meia Praia". 

Por gostar de cantar, e incentivada pelos meus pais, entre  os 11 e os 13 anos estudei Música em Évora.

Regressei a Ponte de Sôr, após o fecho daquela escola, decidida a prosseguir os estudos na área das Humanidades.

Participei no grupo de teatro da escola. 

Como gostava de ler e escrever, concorri por diversão ao Concurso Literário “Uma Aventura” e conquistei o primeiro lugar na modalidade “crítica literária”.

Representei o concelho de Gavião no Primeiro Concurso Distrital de Karaoke de Portalegre.

Em contexto académico, desenvolvi o meu sentido de solidariedade e responsabilidade social participando na recolha de material escolar e outro para uma escola em Cabo Verde.

Colaborei com a Associação de Estudantes na organização de eventos.

Na adolescência comecei a lidar com a baixa auto-estima e os seus efeitos. Apreciadora de doces (viciada em açúcar, melhor dizendo) e insatisfeita com a minha aparência, sem que tivesse peso excessivo, experimentei algumas dietas restritivas e temporárias. Reconheci só mais tarde, e após várias tentativas, que a importância da alimentação vai para além do peso e do aspeto físico, sendo inclusivamente aquele tipo de dietas prejudicial à saúde pelo choque que causa no organismo. Ainda não foi nessa altura que reconheci a necessidade e importância de uma reeducação alimentar, aparentemente pela dificuldade de conciliar novos hábitos com os que estavam instaurados na família mas sobretudo pela falta de conhecimento e vontade, e de um serviço de apoio.

Após concluir o ensino secundário, com 17 anos, iniciei a participação em projetos de voluntariado, inicialmente com crianças tendo posteriormente e já durante a frequência do ensino superior alargado experiência com outros públicos: idosos, pessoas portadoras de deficiência e jovens.

Curiosa sobre o Ser Humano concorri ao Ensino Superior em licenciaturas de Psicologia, Serviço Social e Política Social. Apesar da classificação de 19 valores no exame nacional de Psicologia, o medo de falhar por me faltarem bases de biologia levou-me a deixar essa licenciatura nas últimas opções. Determinada em trabalhar com pessoas, ajudá-las nos seus projetos de vida, coloquei em primeira opção a licenciatura em Política Social no Instituto Superior de Ciência Sociais e Políticas (Lisboa), na expetativa de uma área mais profunda, interventiva, menos assistencialista e fundamental para as práticas de serviço social.

Ao longo dos quatro anos de curso adquiri e desenvolvi conhecimentos técnicos e práticos, e sobretudo cresci enquanto pessoa pelas experiências extra-curriculares que vivenciei, sobretudo através de voluntariado.

Como forma de homenagem meus seus avós e, na expectativa de ajudar a melhorar o bem-estar estar das pessoas, dediquei-lhes o meu trabalho de fim de curso sobre “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo”, tendo sido distinguido com a classificação de 18 valores. 

Terminei assim a licenciatura, em Novembro de 2009.

Iniciei a minha experiência profissional como operadora de call center

Em Julho de 2010 consegui o primeiro trabalho na área social desempenhando a função de Técnica Superior de Serviço Social, integrando diversos projetos durante 3 anos, incidindo na capacitação de pessoas social e economicamente excluídas, apoio social, apoio ao emprego e apoio ao bem-estar psicológico. Além dos atendimentos personalizados, ministrei formação, organizei e dinamizei atividades. Entre projetos sociais desempenhei outras atividades profissionais: operadora de loja, comercial, ajudante de lar.

Em Agosto de 2011 concretizei o sonho de conhecer a realidade africana e é em Moçambique que, durante um curto e intenso mês, facilitei formação a educadores de infância, auxiliares, pais e encarregados de educação; realizei atividades lúdicas, criativas e pedagógicas com crianças e participei na reabilitação de escolas e organização de bibliotecas. O que vi e senti com esta experiência tão gratificante teve um impacto enorme sobre a minha forma de entender e viver a vida.

A partir daí decidi concretizar mais um sonho: ser mãe, com alguns desafios pelo meio (primeira gravidez anembrionária, o falecimento do meu avô materno, e posteriormente o da minha avó materna quando já estava grávida da minha filha, aos 3 meses). 

Ainda durante a gravidez, comecei a praticar meditação, frequentei com o meu companheiro o Curso de Preparação para o Parto e Parentalidade no Centro Pré e Pós Parto de Entrecampos (onde adquirimos conhecimentos valiosos sobre puericultura mas também saúde, nutrição, parentalidade positiva e consciente, entre outros).

Quando a nossa filha nasce, nascem outras preocupações, responsabilidades e oportunidades. Começamos a questionar-nos sobre o modo de produção massivo de alimentos que a família consumia e sobre o seu efeito na saúde, tendo tido o exemplo dos meus avós maternos que faleceram em resultado de complicações de saúde associadas ao colesterol elevado e diabetes, problemas para os quais os hábitos alimentares e o acompanhamento alimentar são determinantes. Vimos a iniciação à diversificação alimentar da nossa filha como uma oportunidade para alterar gradualmente os hábitos alimentares da família. Começamos assim a investigar sobre a agricultura biológica, produção de alimentos  sem recurso a organismos geneticamente modificados, sobre cosméticos naturais e produtos ecológicos.

Após a licença parental, enfrentei uma depressão pós-parto e o desemprego. Decidi então investir no meu auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal através da Psicologia mas também noutras áreas, nomeadamente Astrologia, Reiki e Nutrição).

Em busca de maior qualidade de vida, comunhão com a Natureza e suporte familiar e social, decidimos regressar à terra que me viu crescer. 

Comecei a viver mais de acordo com aquilo em que acredito. 

Conheci uma boa médica, naturopata, com conhecimentos de nutrição. Deixei a medicação química para a depressão e comecei a alterar os meus hábitos alimentares para resolver algumas queixas que tinha como falta de energia, dores nas articulações, aftas frequentes e problemas gastro-intestinais. 

Gradualmente, sobretudo derivado do facto de coabitar com os meus pais e sem independência financeira, começo a beber água alcalina, alimentos sem glúten, sem lactose, integrais, sem adoçantes artificiais com maior valor nutritivo e qualidade e a utilizar métodos de confeção mais saudáveis. Porque acredito e sinto que uma boa alimentação, uma boa nutrição são fundamentais para a saúde e bem-estar. 

Enquanto preparo o meu futuro profissional, resultado de pesquisas feitas e conhecimentos obtidos, nasceu o conceito “R’equilíbrio Natural”, com o objetivo de promover a saúde e bem-estar, através da comunhão com a Natureza.

“R'equilíbrio Natural” baseia-se na crença de que, em comunhão com a Natureza, podemos alcançar o equilíbrio (nosso e o dela) e consequentemente o bem-estar e saúde aos níveis físico, mental, emocional, espiritual e social. 

Pretendemos com esta página divulgar conhecimentos que promovam: 


  •  Saúde; 
  • Bem-estar; 
  • Nutrição; 
  • Atividade física; 
  • Relaxamento; 
  • Agricultura biológica e biodinâmica;
  • Ecologia e Sustentabilidade; 
  • Consumo responsável;
  • Parentalidade consciente; 
  • Atenção plena;
  • Terapias complementares à medicina convencional;
  • Auto-conhecimento;
  • Desenvolvimento pessoal. 

O reequilíbrio, de forma natural, é um processo de ações conscientemente concertadas, com vista ao bem-estar.